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17 de Maio de 2024

A lamentável cultura do advogado 0800

Como o costume de não cobrar consultorias jurídicas e receber somente pelo êxito da ação tem varrido bons profissionais da carreira advocatícia e piorado a qualidade dos serviços de modo geral.

Publicado por Estevan Facure
há 5 anos

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Nobres colegas de profissão ou graduandos que almejam advogar, precisamos conversar urgentemente!

Irei ilustrar um o que ocorre a todo momento com uma grande parcela dos nossos colegas de profissão, advogados.

Imaginemos que vocês, nobres leitores, são recém-formados que buscam garantir seu sustento a partir da advocacia. Imaginemos que vocês, sozinhos ou conjuntamente com colegas de faculdade e/ou cônjuges, resolvam abrir um escritório.

Queridos amigos, não bastasse a dificuldade do início da profissão, em conseguir novos (leia-se “primeiros”) clientes, ainda temos que lidar com a cultura do advogado 0800, o advogado gratuito.

Hoje, falar que cobra consultoria jurídica espanta o cliente, infelizmente. Isso se deve, ao meu ver, a falta de união da classe e isso prejudica, em última análise, toda a sociedade, explico:

Primeiramente, não vou me alongar nos argumentos mais comuns (e absolutamente corretos) de todo o tempo que você, profissional, se dedicou na graduação, além das despesas com mensalidades, livros, xerox, alimentação, transporte e etc... Além, claro, de que o tempo gasto com algo inviabiliza o tempo-gasto-com-outra-coisa, ou seja, caso você não tivesse feito cinco anos de graduação, com certeza teria investido seu tempo em outra atividade que lhe renderia frutos.

Bem, passemos ao ponto que eu gostaria de chegar, o tempo que você gasta atendendo um cliente é um tempo que não volta mais, obviamente (mas estamos inseridos em uma cultura que é preciso dizer o óbvio), então, você deixou de trabalhar durante aquele lapso temporal e deixou de fazer outros serviços, como por exemplo: elaborar petições, ir ao fórum, escrever um artigo para o JusBrasil (hehe), etc.

Diante desse cenário, é muito comum o profissional dispender (leia-se literalmente “perder”) uma hora ou mais em um atendimento que não lhe renderá qualquer fruto. Muitas vezes, ao passar o preço dos seus serviços, o advogado “afugenta” o cliente e todo o tempo dispendido durante o atendimento foi por água abaixo.

  • O mesmo pensamento se aplica à cultura do êxito.

Cliente Mélvio da Silva Jr.: “Nossa, Dr., eu tenho que te pagar mesmo se eu não receber nada?”

Essa pergunta não é absurda, doutores, o cliente não é um louco desvairado de perguntar isso. Loucos desvairados somos nós, que não cobramos consulta, que não cobramos honorários iniciais e que trabalhamos pelo êxito.

Não bastasse isso, excelências, ainda temos que lidar com um judiciário fa-li-do! Aqui em Uberlândia-MG é normal aguardar 06 meses ou mais por um despacho! Um despacho, senhores! Não uma sentença! É normal demorar ANOS para CITAR um Requerido! Esta semana completou UM ANO que estamos esperando a expedição de um alvará no JUIZADO ESPECIAL! Um ano da penhora e nada do alvará! Juizado Especial! Um ano! Tragam o bolo, velas e guaraná!

Imaginemos você, jovem advogado, com seu escritório recém-inaugurado: como você sobreviverá sem honorários iniciais? Você consegue esperar cinco anos uma sentença para começar a receber? Consegue aguardar décadas por um trânsito em julgado? Consegue se dar ao LU-XO de não cobrar consultoria? Consegue se dar ao LU-XO de cobrar só pelo êxito?

Sabemos, ainda, excelências, que muitos julgamentos são proferidos por não-magistrados (estagiários, assessores, etc.). Voltamos a falar no judiciário fa-li-do. As vezes a sua elaboradíssima petição sequer será lida pelo juiz! Talvez a sentença, depois de anos de processo, seja uma verdadeira aberração jurídica e todo o seu trabalho foi água abaixo. Você trabalhou mal? Não! Irá receber honorários? Também não! Precisamos acabar com essa cultura do receber pelo êxito! Se não deu certo, não necessariamente é “incompetência” (entre um milhão de aspas) do advogado.

É evidente, doutores, que eu estou falando da regra, e não da exceção. Se aparecer uma mulher no meu escritório, como já aconteceu, absolutamente desemparada financeiramente, vítima de uma violência patrimonial do ex-marido, eu posso sim atendê-la sem cobrar! Isso vai da liberdade de cada profissional! Minha crítica é a cultura! É a regra!

  • Como essa cultura do advogado-0800 afeta a qualidade do serviço prestado?

Volto a explanar obviedades, doutores, mas é preciso debater o assunto! Qual o ânimo de um advogado que trabalha pelo êxito? Que trabalha para começar a receber daqui 05 anos? Que sequer sabe se receberá pelo serviço prestado? Que atende de graça e doa seu conhecimento jurídico?

Você, leitor, atenderia da mesma forma um cliente pagante e outro não-pagante? Elaboraria uma petição com o mesmo zelo? Alguns diriam que sim, mas acredito que a maioria diria que não. We’re only human, after all.

No mês passado, meu querido pai fez uma cirurgia cardiaca. Imagine se ele sugerisse ao médico que só pagaria pelo êxito. O médico iria rir, certo? Pois bem...

Enfim, doutores, muitos advogados têm abandonado a advocacia por conta dessa cultura e isso me entristece sobremaneira. Precisamos debater esses assuntos mais abertamente. Precisamos expor nossas opiniões sem medo das críticas. As críticas virão, filtremos as verdadeiramente construtivas para que nós consigamos ter uma carreira em constante ascensão.

Uma carreira de sucesso a todos vocês, nobres colegas!

Leitura relacionada: Os "degraus movediços" da carreira advocatícia.


Espero que tenham gostado do texto!

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Apoiadora: Dra. Camilla de Lellis Mendonça. Advogada. Mestranda em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo (USP). Graduada pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Membro da Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo de Uberlândia (ESAJUP/UFU) e dos grupos de estudo GETRAB-USP e NTADT-USP. Membro e Coordenadora das Newsletter Cielo Laboral.

  • Sobre o autorSócio Proprietário do Escritório Lellis & Facure Advogados.
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214 Comentários

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Recentemente um cliente me contatou aqui pelo Jusbrasil, ao dizer que seria realizada uma consulta ele disse: "Desculpe Dra, com todo respeito, mas meus outros advogados não cobram consulta". Minha vontade foi de pedir o telefone desses advogados e explicar o porquê de cobrar pela consulta. Não fechei com o cliente, mas não me importo por fazer o certo. Eu tive sorte de encontrar alguns clientes que pagam a consulta com gosto, mas com a cultura do 0800 ficou complicado em muitos lugares. Bom eu cobro, se não quiser paciência. continuar lendo

Precisamos de mais profissionais como você, Dra. Alice! continuar lendo

Ultimamente estou cobrando consulta e tem dado certo. Os clientes pagam mesmo!!
Precisamos nos valorizar! continuar lendo

Os clientes não compreendem que uma consulta já e a prestação de um serviço, no caso um serviço técnico e que exige portanto qualificação do profissional. Assim, a consulta já é um trabalho que exige aplicação de conhecimentos ao caso do cliente e isto deve ser explicado ao mesmo. No mais, como bem aponta o texto, a consulta exige tempo do advogado, tempo este que não volta e ainda há o risco do cliente não te contratar. Portanto, cobrar pela consulta é perfeitamente normal, ético e justo, porque é o empenho do tempo e dos conhecimentos de um profissional diante de alguém que busca orientações. Consulta é prestação de serviço. continuar lendo

"Meus outros advogados" é dose. continuar lendo

Dr. Antonio sabe o que é na verdade, ele disse que não assinava procuração em com a cláusula de conferir poderes para dar quitação geral, ou seja, se ele recebesse um dano moral, talvez eu nem veria a cor do dinheiro futuramente. Clientes que querem ser mais espertos que nós. continuar lendo

Prezada Dra., realmente o "Ad Exitum" tornou-se uma tendência para atrair novos Clientes, principalmente depois da Criação do Aplicativo de Consultoria Jurídica Watson da IBM, algumas faculdades de Direito estão suspendendo inclusive seus Novos Cursos em Direito para sentir melhor como serão absorvidos estes últimos Profissionais formados até o final deste ano. Enfim, infelizmente a degradação e desvalorização ao "Profissional de Carne e Osso" vem ocorrendo tb em outras Profissões, como também na área onde atuo, no Mercado Imobiliário tb se vêm Profissionais (para mim Pseudos) que não respeitam a Tabela de Honorários e oferecem "suas Consultorias a troco de qualquer comissão", fazendo que o Mercado não consiga se Auto-regular com a Oferta de Consultoria Profissional e Responsável. Enfim, o que quero dizer é que além de tudo é uma questão Cultural do Povo Brasileiro, onde a mudança de Postura precisa começar por nós mesmos e não ficar esperando o outro mudar.. Avante Brasil ! continuar lendo

Infelizmente a advocacia mudou muito.

Quando me formei, em 1981, já no terceiro ano, acompanhado por mais dois colegas de faculdade, tiramos nossa carteira de estagiários e constituímos uma empresa de assessoria extrajudicial.

Ao passar do tempo, chegamos a contratar um advogado para podermos expandir os serviços que a empresa de assessoria prestava.

Enfim, depois de formados, continuamos com a empresa e cada um de nós se especializou em uma determinada área.

Com o tempo, cada qual seguiu seu próprio caminho.

No entanto, reconheço que o que possibilitou este início de sucesso profissional foi o fato de que não dependíamos do escritório para viver. Tínhamos uma retaguarda financeira.

Mesmo assim, já cobrávamos consulta.

Ser estagiário na época era penoso. Não era como é hoje, onde o estagiários tem salário e registo em carteira. Praticamente, o estagiário mal recebia o dinheiro da locomoção. Era um investimento para quem pretendesse seguir a carreira.

O tempo passou, proliferam faculdade de direito no país inteiro inflacionando a profissão. O mercado de trabalho não conseguia absorver o número advogados existentes, que sequer se lançaram e algum aprimoramento do tipo mestrado ou doutorado.

Quando me formei o profissão era respeitada. Chamavam-nos de doutor, mesmo sem título, com respeito.

Hoje é bem capaz de alguém dizer: - sou advogado e obter uma resposta do tipo GRANDE MERDA.

Não foi a falta de união entre a classe que fomentou a cultura do 0800. Foi o próprio excesso de profissionais sem o mínimo necessário para conquistar sua fatia de mercado. Foi a falta de especialização, foi o famoso "clínico geral".

Antigamente o recém formado tinha duas opções para se dar bem. Ou papai deixava um escritório formado com um certeira de clientes respeitável ou se inscrevia como dativo do Tribunal do Júri para fazer seu nome conhecido, sem negligenciar o aperfeiçoamento de seus conhecimentos voltado a uma determinada área.

Não é preciso ter união para ter dignidade profissional. Não é preciso uma tabela da OAB para SUGERIR valores mínimos. É necessário conhecimento e aperfeiçoamento.

Facilitou-se, em governos anteriores, a entrada na faculdade de quem não tinha condições intelectuais de ser universitário.

Banalizou-se a profissão, entre tantas outras. Criou-se o chamado povo culto, mas morrendo de fome pela falta de postos de trabalho.

Criaram inúmeras vagas sem que o mercado pudesse absorver àquele que se formou.

A culpa não é do 0800.

A peneira profissional quem faz é o próprio mercado. Por isso sou da opinião que o exame de ordem não qualifica o profissional. Basta ver o enorme número de "profissionais" despreparados, mas com habilitação profissional.

O problema não é cobrar ou não consulta. O problema está não falta de preparo profissional para cobrar a consulta, a ponto do eventual cliente sair confiante e satisfeito.

A maioria confunde consulta com ouvir o problema do potencial cliente, quando na verdade não é isso.

Primeiro é necessário saber o que é e como se dá uma consulta.

O 0800 nada mais é do que o lamentável grito de socorro daqueles que não se especializaram e não se diferenciaram. Facilitaram, ao máximo, o ingresso ao ensino superior por mera especulação política, sem preparar o mercado para absorver esse enorme número de ex universitários.

Por outro lado, trabalhar pelo sucesso da causa é a consequência do excesso de "profissionais" no mercado.

Essa cultura de trabalhar pelo sucesso é um dos maiores pontos negativos.

O trabalho do advogado é de meio e não de fim.

O cliente deve pagar para ser representado juridicamente, independentemente do resultado.

Quem trabalha pelo resultado a profissão.

Advogado não vive de consulta ou de resultados. Vive pelo seu conhecimento técnico diferenciado.

Abraços. continuar lendo

Muita gente reclama que os advogados estão aviltando honorários, mas olha o tanto de advogado que tem aí no mercado! Assim não dá, meu amigo, só espernear não adianta nada.

Bela descrição de fatos. continuar lendo

"O trabalho do advogado é de meio e não de fim.

O cliente deve pagar para ser representado juridicamente, independentemente do resultado."

Essa é a tua visão, não a do cliente. Eu dou razão ao segundo.

"A peneira profissional quem faz é o próprio mercado"

Frase verdadeiríssima, e justa. Mas aos que cobram consulta é um tiro no pé. continuar lendo

Caro Lucas,

Não é a minha visão. É a lei. Basta ler o Estatuto.

Se o cliente pensa em contrário o problema é dele e não muda nada. Continua sendo atividade de meio e não de fim. Se quiser muito que bem, se não quiser, existem uma infinidade de portadores de diploma, habilitados pela OAB, dispostos a trabalhar apenas pelo sucesso.

Profissional que se preze não trabalha dessa maneira.

É óbvio que você dê razão ao cliente. Você é um deles e como tal "puxa a sardinha para a sua brasa".

Cobrar consulta só é um tiro no pé de quem não tem competência profissional para cobrá-la.

Abraços. continuar lendo

Excelente comentário, Colega. continuar lendo

Diz o comentário: "Banalizou-se a profissão, entre tantas outras. Criou-se o chamado povo culto, mas morrendo de fome pela falta de postos de trabalho".
Brilhante análise.
Mas, não acontece, somente, na advocacia.
Minha irmã graduou-se em Engenharia de Alimentos, USP - Pirassununga. Mas, não conseguiu emprego na área, que é restrita à pesquisa, ensino ou em empresas. Nas empresas você não consegue substituir o principal profissional, porque, geralmente, é, extremamente qualificado, pois recebe apoio empresarial para conseguir aperfeiçoamento no exterior. E se você aceitar ser, eternamente, Engenheiro Júnior, ficará até a aposentadoria dele. No campo da pesquisa, poucas empresas fazem investimento, e o retorno financeiro é péssimo, porque o Estado é o estimulador. O ensino exige de você constante especialização. continuar lendo

@tarabori

Não adianta se esconder atrás da lei. A lei é feita por burocratas idiotas, e burocratas jamais vão revogar as leis da economia, por mais que batalhem diariamente por isso igual Dom Quixote atrás de moínhos de vento.

Se tu tem clientes cativos e boa reputação, com certeza não vai sofrer perdas. Fosse o contrário, sofreria. continuar lendo

Concordo plenamente, inclusive já fui diversas vezes criticado pelo uso da mesma frase: "Facilitou-se, em governos anteriores, a entrada na faculdade de quem não tinha condições intelectuais de ser universitário." Não é só isso, mas infelizmente, foi um dos fatores decisivos, para a profissão chegar onde chegou... continuar lendo

Permita-me me dizer, seu artigo é corretíssimo e sintetiza bem como é retratado nossa profissão e seu reconhecimento ante esse acumulo absurdo de profissionais na advocacia, bem como, o mal costume do "cliente dor de dente" que quer tudo de graça.

Porém, como advogado, também discordo veementemente sobre essa questão que o doutor citou sobre o "clinico geral".

Não é necessário ser especialista pra cobrar consulta, até porque na nossa profissão, muitas das dúvidas dos nossos clientes não exigem especialidade aprofundada sobre determinado tema.
Advogo em várias áreas que não sou especialista e diga-se de passagem meu conhecimento é superior ao de muitos que são especialistas, vide os inúmeros profissionais "pagou passou" que temos no mercado.

É a competência que deveria ditar a efetividade de reconhecimento do trabalho.

Enfim, TODOS os advogados deveriam cobrar consulta para fortalecer a classe. continuar lendo

Caro Thiago Lucindo Ferreira.

Continuo afirmando que para se dar consulta é necessário ser especialista sim. Ninguém é tão eclético a ponto de dominar todas as áreas do direito.

Talvez você esteja confundindo consulta com atendimento.

De fato ouvir o cliente e dizer a ele o que pode ser feito ou não, é completamente diferente de consulta, O nome que se da a isso é atendimento. A consulta vai muito além. A pessoa te paga independentemente de contratá-lo para a causa.

Cobrar por um atendimento é diferente de cobrar uma consulta.

O clinico geral te atende e te encaminha ao especialista. O mesmo ocorre com o ramo do direito.

Dizer que um bacharel inscrito na OAB tem a mesma capacidade de um mestre ou doutor é fazer pouco caso de profissionais que "ralaram" muito para serem titulados.

Não confunda mais ATENDIMENTO com CONSULTA.

Sua frase deveria ser TODOS OS ADVOGADOS DEVERIAM COBRAR PELO ATENDIMENTO INICIAL.

Abraços. continuar lendo

Excelente argumentação, Dr. Nadir Taraboni. Concordo plenamente, especialmente com relação a baixa especialização. Por outro lado também acredito numa certa falta de união da classe, aliado a uma ineficiente preparação do jovem advogado, por parte da OAB; nesse aspecto acredito que seria necessário a obrigatoriedade da participação do jovem advogado em algum curso, numa espécie de residência jurídica, assim como a residência médica, por um período de seis meses; nesse período o jovem advogado teria a oportunidade de juntamente com os mais experientes, conhecer os meandros da advocacia; é complexo, para a maioria, iniciar e conseguir sucesso na carreira; não digo que seja impossível, mas com essa preparação (residência jurídica), com certeza todos sairiam ganhando: a advocacia, o Poder Judiciário e os jurisdicionados. continuar lendo

escreveu tudo muito bem, resumindo a situação. Concordo. continuar lendo

Comentei num outro artigo: médico cobra (e recebe) consulta porque todos os médicos cobram e porque a classe médica é a mais unida do Brasil. Você nem fala com um médico antes de pagar. Se todos os advogados cobrassem consulta, as pessoas criariam o hábito de pagar. Eu estou fazendo minha parte... E outra, pode não cobrar (cada um é livre) mas precisa ter consciência que está errado e que deveria, diferente do que eu li em alguns comentários continuar lendo

Concordo com o texto e concordo com cobrar por consulta como Advogado, e creio que até mesmo outros profissionais que geralmente não cobram por consulta, deveriam cobrar, tais como Contadores, Arquitetos, etc..., contudo creio que a comparação com médicos é equivocada, o serviço do médico em si é a consulta, o que não é o caso do advogado. Abraços. continuar lendo

Comparação infeliz. continuar lendo

Vejo aqui o desespero, e o despreparo de pessoas que se dizem profissionais.
Ora, se alguém vier me consultar, seja por qual motivo, esta pessoa voltará se gostou e acreditou nas palavras e instruções que lhe passei.
Já que para agir, tramitar no cenário jurídico, qualquer ser humano; que não for do meio, necessita de um advogado, para qualquer AÇÃO.
Se a pessoa que me consultou previamente, não quiz fazer a procuraçao comigo.
É porque não soube vender , meu produto.
Não tive argumentos suficientes, pra passar a segurança necessária ao possível cliente.
Agora Drs., não venham dizer que o tempo de uma consulta , não irá surtir frutos, ou que o custo, para se formar entre livros e etc...
É demais oneroso, tidos VOCÊS sabiam do custo e risco, e mesmo assim, continuaram a formação acadêmica.
Então não esperem milagres, sejam éticos, e não cobrem por um bate papo.
Sejam influentes, no papo inicial e conquistem clientes.
Afinal, o dom de um bom advogado é o poder do seu convencimento.
E não a tabela da OAB. continuar lendo

Muito bem colocado, compartilho dessa mesma linha de raciocínio. continuar lendo

Excelente contraponto. continuar lendo

Excelentes pontos, tanto o do "motivo pra não voltarem" quanto o sutil tapa na cara dos que acham que o mundo deve a eles porque pagaram uma faculdade. continuar lendo